Longe da cidade natal, a cantora Maria Mota fala sobre a carreira e do sucesso com o público rio-verdense
Natural de Itajá, sudoeste do Estado de Goiás, Maria Mota começou a exercitar os dons artísticos aos 12 anos de idade, com um violão que foi dado de presente pelo pai, José Mota. Fã de Cássia Eller e Ana Carolina, a jovem se inspirava nas cantoras e com um grupo de amigos começou a cantar na escola.
“Os professores da minha cidade ficavam doidos comigo. Eu e alguns amigos levávamos os nossos instrumentos e a professora ficava louca”, conta Mota. O pai, que também é cantor sempre incentivava a filha a seguir outra carreira.
“Eu sempre gostei da música e tenho muita vontade em estudar. Meu pai me falava ‘filha isso não dá dinheiro, se desse eu já estaria rico’, mas eu gosto”, relembrou Maria as falas do pai. Quando completou 15 anos, a jovem cantora começou a trabalhar na área de construção civil com o pai. “Trabalhei por cinco anos, aprendi muito sobre acabamento e cerâmicas”, conclui.
Realização
Pouco mais de dois anos, a jovem mudou-se para Rio Verde. Iniciou o curso Mecânica de Manutenção Industrial e trabalhou como garçom. “Pensei em fazer Engenharia Mecânica, mas vi que não era isso que queria”, conta Mota.
Fazendo parte do coral da Universidade de Rio Verde, ela disse ter aprendido muito com o maestro Júlio Barbosa. Em maio do ano passado por incentivo dos amigos decidiu participar de um concurso de música do sudoeste.
“Meus amigos disseram que haveria o festival e disseram para que eu participasse. Até então, eu só cantava com os amigos e por brincadeira”, comentou Mota. Cantando Pop/rock e MPB, estilos musicais preferidos da cantora, o resultado foi à vitória da jovem. “Foi uma das coisas mais marcantes em minha vida. Eu acho que tudo começou com a música garganta, de Ana Carolina que diz ‘eu vim parar nessa cidade por força das circunstâncias’, ou seja, eu vim parar em Rio Verde por força das circunstâncias”, expõe Mota.
Após o evento a cantora diz que sua vida mudou completamente. “A primeira coisa é o salário que aumentou. Outro ponto é que antes eu era empregada, tinha que adequar aos horários e cumpri-los, agora eu é que faço o meu horário” acrescenta.
A cantora destaca o reconhecimento das pessoas, principalmente dos rio-verdenses. De fato, ela não gosta quando os shows passam do horário e conta que fez um show por oito horas seguidas. “No Outro dia a garganta ficou muito ruim”, comentou. Com uma agenda 16 Shows por mês, a cantora afirma que pretende estudar pedagogia da música e para o próximo o ano os fãs podem contar com uma novidade. “Ano que vem quero gravar o meu CD”, finaliza.