O sistema eleitoral brasileiro é conhecido mundialmente pela alta eficiência e rapidez que possui ao se realizar e apurar de uma eleição. A urna eletrônica possibilita o eleitor digitar ali o seu voto e aguardar o resultado da eleição no mesmo dia, algo que não acontece em países como os Estados Unidos, que mesmo sendo a nação economicamente mais desenvolvida no mundo ainda adota o arcaico voto em cédula, que retarda as apurações e torna os embates americanos uma agonia para quem espera saber logo o resultado de suas disputas políticas.
Só que mesmo sendo uma forma prática e eficaz, a urna eletrônica, um produto genuinamente brasileiro, apresentou uma falha de segurança. E, por isso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que vai modificar o software do sistema eleitoral, para que o erro seja corrigido e reforçado contra possíveis tentativas de manipulação.
A decisão foi tomada depois que um grupo de especialistas conseguiu, em um teste, violar o sistema das urnas. Na última semana do mês de março, professores de tecnologia da informação da Universidade de Brasília (UnB) encontraram fragilidades no software. Um teste já havia sido em 2009, um ano antes das eleições presidenciais de 2010, só que nenhum grupo obteve sucesso no "hackeamento".
Neste ano, o grupo de especialistas detectou uma combinação fraca dos votos e conseguiu ordená-los em uma eleição simulada com 475 votantes. Dessa forma, eles conseguiram saber, por exemplo, quem foram os escolhidos do primeiro eleitor, do segundo, e assim por diante.
Mas segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, o sistema é totalmente seguro e o eleitor pode ficar tranquilo ao votar nas eleições municipais deste ano. Em entrevista ao portal R7.com, Dutra afirma: "O sistema eleitoral brasileiro está montado em sequências de dispositivos de segurança que tornam a fraude inviável. A equipe já está trabalhando na melhoria e correção deste algoritmo e nas outras melhorias possíveis, baseadas nos testes apresentados pelos professores da UnB."
Por Dyego Queiroz
Com informações do R7.com