segunda-feira, 26 de março de 2012

Eduardo Braga nega crise entre governo e a base aliada


O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), negou nesta quinta-feira (22) que haja uma crise na base aliada e disse que o PMDB, que recentemente emitiu sinais de insatisfação com o Planalto, está “super pacificado”.

- O PMDB está super pacificado. Nós mostramos isso nas duas últimas votações. O PMDB é o maior partido do Senado, é estratégico para a governabilidade, assim como o PT. O Senado não tem problema na base, o que tem é uma pressão e uma contrapressão de participação no governo. Isso é natural, e a presidente, com sua posição firme, vem conduzindo isso com uma mão firme. É natural que haja esses movimentos.

Braga admitiu, porém, que existe cobrança dos parlamentares aliados por mais interlocução com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o Planalto precisa ouvir mais os parlamentares.

- Acho que é necessário ampliar a interlocução, venho dizendo isso já há algum tempo. Tenho tido a cautela de dizer isso à presidente e à ministra Ideli [Salvatti, das Relações Institucionais].

Questionado se o PR faria uma “oposição de fachada” no Senado, já que a bancada do partido continuou a votar com o governo após anunciar que deixaria a base, o peemedebista preferiu fazer afagos à legenda.

- O PR acabou de votar conosco, nos ajudou a aprovar duas MPs (medidas provisórias) importantes, votou conosco a PEC (proposta de emenda constitucional) 5, que é uma PEC importante para os servidores, que agora passam a ter o direito de aposentadoria por invalidez, e eu quero poder contar com os votos do PR na semana que vem para uma outra PEC importante, que é o microcrédito para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Sobre o adiamento de votações importantes na Câmara, como o Código Florestal e a Lei Geral da Copa, que esbarram em falta de entendimento, Braga minimizou a demora e pediu calma aos deputados, sobretudo em relação ao Código Florestal.

- Não podemos repetir na Câmara o erro que já cometemos lá atrás, de transformar o diálogo sobre o Código Florestal em uma luta emotiva, sem racionalidade. Não vejo por qual motivo o meio ambiente e o agronegócio não sejam compatíveis. É preciso ter muita calma, paciência e habilidade política para não jogar fora o que nos construímos no Senado. O texto do Senado não é perfeito, mas foi o texto possível numa longa negociação.

Lula 

O líder do governo, que se reuniu em São Paulo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada após ser designado para a nova função, afirmou que foi se aconselhar com ele, algo que diz fazer “há 14 anos”. Perguntado se Lula faz falta em meio aos atritos entre Dilma e sua base no Congresso, disse que “Lula faz falta em qualquer momento”. 

Postado por Dyego Queiroz

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