Por Jéssica Mendes
Rosa
A indústria bilionária dos jogos eletrônicos está entre as
que mais crescem no mundo. Diariamente, ela segue conquistando novos adeptos,
que varia de criança a adultos. Por
conta disso, partiu das próprias empresas a iniciativa de estudar a influência
dos jogos nas pessoas.
Segundo a escritora e professora de pós-graduação da USP,
Vani Moreira Kenski, 70% dos jogadores (denominado gamers) tem mais de
18 anos e 40% são mulheres. Estes jogos
que antigamente eram praticados mais em vídeo games, hoje em dia, também são
utilizados através de rede, onde se permite maior interatividade e têm-se mais
parceiros para a disputa.
Para Maxi Ribeiro, proprietário de uma lan house em
Rio Verde, os jogos de rede podem ser bastante rentáveis. Ele afirma que fatura
mais com esse tipo de jogo do que com acessos a internet. Segundo as pesquisas
realizadas por seus criadores, os games desenvolvem o pensamento lógico e
estratégico das pessoas, ajudando-as a ligar e manipular fatos do cotidiano.
Igor Laytynher Sandes, 26, que atua como mídias digitais, é
um jogador assíduo desde os quatro anos de idade e afirma que o que mais lhe
chama atenção nestes jogos são as histórias bem elaboradas e os gráficos muito
bem trabalhados que se aproximam ao máximo do real. Já para Maurício Lisboa
Atencio, 43, o poder de distração, a capacidade de aliviar o estresse e a
possibilidade de reunir a família para tal, são o que mais lhe atrai nos games.
Cerca de 89% dos jogos possuem algum tipo de conteúdo
violento, o que também segundo pesquisas, pode tornar as pessoas mais
agressivas depois de muitas horas consecutivas de jogo. Com isso, alguns países
proibiram games considerados extremamente violentos, como o Carmageddon, jogo
de corrida que tem como objetivo atropelar pedestres a fim de acumular pontos.
Há também relatos de pessoas que morreram de parada cardíaca após jogarem cerca
de 30 a 50 horas diretas, sem intervalo para a alimentação ou ate mesmo para
dormir.
Assassinatos nos Estados Unidos, Alemanha e, recentemente,
também no Brasil foram relacionados aos games. Os autores dos crimes teriam se
espelhado em personagens dos seus jogos favoritos para cometer tais atos. Mas
alguns especialistas garantem que o comportamento agressivo é desvio
psicológico e não meramente desenvolvido por jogos.
O que de fato tem ocorrido e que todos concordam é que esses
games, agora também presente em celulares, têm afastado as pessoas cada vez
mais de um convívio social, desviando para o virtual o tempo que seria para
amigos, familiares, entre outros.
Igor Laytynher Sandes zerando o jogo Sonic aos 4 anos
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