quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Buracos causam prejuízos no Sudoeste Goiano


Motoristas reclamam de rodovias importantes que cortam o sudoeste goiano. A principal reclamação são os buracos!


Texto: Wilker Duarte

            Já imaginou ter que viajar em uma rodovia cheia de buracos? Pistas sem acostamentos? Pontes sem cabeceiras? Muito perigo né? Mas essa é a realidade de muitos motoristas que precisam passar pela GO-174, entre Rio Verde e Montividiu, e a GO-206, entre Caçu e Itarumã: “Já tive que trocar o pneu da caminhonete várias vezes, parado no meio da rodovia, por causas desses buracos vindo de Caçu [GO-206], tá difícil por aqui viu!”, diz indignado o produtor rural, João Neves da Silva.
Situação da GO-206 que liga Caçu à Itarumã - foto: Reprodução TV Anhanguera

            Vamos por partes e começar pela situação da GO-174, entre Rio Verde e Montividiu. Esse é um percurso pequeno cerca de 50 km, menos de uma hora de viagem, mas os motoristas reclamam que a precariedade desse trecho faz com que a viagem demore, e muito: “Tem muitos buracos, quando você sai de Rio Verde e pega sentido à Montividiu, você não encontra um acostamento sequer, a viagem demora uns trinta minutos ou mais só por causa de uns problemas fáceis de se resolver”, explica o motorista Marcos Alexandre.
Buracos na GO-174 entre Rio Verde e Montividiu - foto: Reprodução TV Anhanguera

            O Marcos transporta grãos de fazendas da região de Montividiu para usinas e também para o porto de São Simão. Ele conta que já viu muitos acidentes que poderiam ser evitados e que acontecem pela falta de estrutura da rodovia: “Essa rodovia é conhecida como ‘rodovia da morte’ não por acaso, acidentes graves e com mortes são frequentes por causa das péssimas condições, se o carro estragar mesmo, os outros passam por cima, porque, não tem acostamentos”, explica ele.

            No início do mês de novembro, motoristas e o Sindicato Rural de Rio Verde se reuniram com o Ministério Público para que houvesse uma intervenção junto à Agência Goiana de Transportes e Obras, Agetop. O pedido de intervenção para que haja uma reforma ou até mesmo uma duplicação da rodovia foi passado para a promotora de justiça Renata Dantas. Ela diz que o trabalho será de muita articulação: “Eu vou estudar o caso para que tenha medidas rápidas e duradoras. Foi me passado vários documentos que vão ser anexados na solicitação e será entregue à Agetop”, afirma ela.

            Entre Caçu e Itarumã, os motoristas que passam por ali dizem que os problemas são bem maiores. Na GO-206 passam muitos caminhões e carretas pesadas, justamente, por causa do escoamento de grãos. Valdo Martins passa muito por ali e diz que a situação é vergonhosa: “Nós temos horários para cumprir, mas, passar por aqui é impossível cumprir nada. Buracos passam longe dos que tem por aqui, são crateras, literalmente. É muito difícil o deslocamento”, afirma ele.

            No início de novembro, a juíza Ana Maria de Oliveira determinou a interdição da rodovia por causa da má conservação da pista. Apenas moradores podiam passar. Os caminhões com cargas tinham que dar meia volta se não fossem descarregar em Caçu.

Na decisão, a juíza determinou que a Agetop comece os trabalhos imediatamente e que faça o recapeamento de todo o trecho, e não apenas uma operação tapa-buracos. Caso não ocorra a multa diária chega a R$ 15 mil reais.

A Agência Goiana de Transportes e Obras, Agetop, disse por telefone que vai reconstruir 2.600 km de rodovias no estado, mas, só depois que passar o período chuvoso no estado.

A GO-174, que mostramos acima, também foi interditada entre Rio Verde e Montividiu. Produtores rurais e motoristas, fecharam um trecho da GO-174 por cerca de três horas, no último dia 11 de novembro, as principais reivindicações são as condições da pista e pedem a duplicação da pista.

A justiça também havia determinado o bloqueio das GO’s 302 e 178, no perímetro urbano de Itajá, sabe por que? As péssimas condições das rodovias. A GO 302 e 178 são rodovias que dão acesso ao estado de Mato Grosso do Sul e a Lagoa Santa, cidade turística de Goiás. 

Para o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros do Estado de Goiás, Sindicam, Vanderli Caetano é importante ações como essa: “Os caminhoneiros precisam das rodovias, e toda a população precisa que os produtos cheguem até a sua mesa. Mas os motoristas também precisam de uma condição de trabalho boa. E para isso infelizmente temos que parar alguns trechos para que se tome alguma providência”, o presidente do Sindicam ainda conclui: “Estamos pedindo ajuda para as estradas brasileiras e principalmente em Goiás, todos vão ganhar com isso”.

“Eu não fiquei achando ruim perder um dia de trabalho por causa da interdição, precisamos cobrar mesmo que arrume esse trecho, é um favor para todos nós”, diz o produtor rural João Oliveira.

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