Por Vitória Purcena
No contexto atual as crianças possuem infinitos recursos
tecnológicos que possibilitam seu crescimento de uma forma independente e
participativa na sociedade. Na escola essas crianças chegam com uma carga
tecnológica já instaurada, são os nativos digitais, que interagem com várias
mídias simultaneamente.
O desafio da escola é despertar nos alunos o interesse em
aprender, já que os métodos de ensino utilizados ainda são tradicionais. Para a
especialista em psicopedagogia Ana Maria Amorim, a tecnologia é uma “faca de
dois gumes” na educação. “Pode ser uma excelente aliada, mas em contrapartida
as crianças podem ficar tão eufóricas que acabam desandando o ritmo da aula”.
Apesar de a utilização de tecnologias em sala de aula não
serem a totalidade, já que em escolas públicas essa utilização é mais escassa,
em casa as crianças nativas digitais interagem com estas mídias. O que pode
dificultar a atuação do professor em sala, mas para a psicopedagoga Amorim o
importante é “uma conversinha rápida com a turma para que as crianças entendam
o motivo da novidade e a parceria professor-aluno esteja formada para o
sucesso”.
Para a mãe de uma criança de 9 anos as tecnologias podem
atrapalhar. “Em pesquisas escolares a utilização é prática e tem minha ajuda,
mas as possibilidades são muitas, o entretenimento chama mais atenção do que os
estudos” afirma Maria Clara Pires.
Novos aplicativos e jogos são lançados a cada dia buscando
sempre chamar mais atenção das crianças e isto influencia nos estudos. “Eu
determino os horários de uso, mas os vídeos e jogos no internet envolvem a
criança numa bolha e atrapalha o convívio social dela” declara Maria Clara.
O controle destas tecnologias dependem dos adultos tanto nas
escolas quanto em casa, já que a sua presença é inevitável na atual sociedade.