Imagens: Reprodução/Internet
Edição: Renata Ferreira
Com a chegada das novas tecnologias como a
televisão e o rádio houve uma mudança no comportamento das pessoas nos últimos
50 anos, porém, essa mudança pode ser sentida drasticamente a partir do
surgimento da internet e a modernização dos aparelhos móveis que ocorre na
metade da década de 90, e são as crianças e os adolescentes de hoje reflexo das
mudanças no comportamento da sociedade.
Segundo a pedagoga e psicopedagoga Fabiana
Francisca dos Santos, gestora do Centro Educacional Alcance, a educação da
criança hoje em dia começa aos dois anos de idade, por isso, todas as
atividades elaboradas para elas são feitas em formatos de jogos para que elas
não dispersem "ensinamos as crianças brincando, tem o dia de vídeo, TV,
pula-pula, parquinho".
Ela afirma ainda que as novas tecnologias como como
celular, tablete e computador influencia muito no aprendizado e formação da
criança. "Eles trazem para brincar, no dia do brinquedo favorito, as vezes
parece que eles sabem mais que o próprio professor, já nasceram mexendo e é o
tempo todo", ressalta a pedagoga.
Zelma Leal, comerciante, diz que não concorda com
essa tecnologia na vida das crianças, e que não acha certo a criança hoje em
dia não brincar. “Eu tenho um neto que raramente anda de bicicleta, é o tempo
todo no celular vendo vídeos e mexendo na internet, nem filme ele assiste".
A comerciante relembra o tempo quando criança na
fazenda e das brincadeiras que fazia. “A gente brincava de roda fazia casinha
debaixo do pé de manga, não tinha brinquedo e se tinha era muito caro, então eu
fazia bonecas de pano, a minha primeira boneca comprada eu ganhei com 10 anos,
as brincadeiras eram sadias".
Fabiana diz
que nos últimos anos a educação infantil tem ganhado mais importância, onde ao
longo do tempo o conceito foi mudado onde a educação infantil se torna o
primeiro passo para a educação, sendo a base de tudo.

“Mesmo não concordando com essas tecnologias isso
se torna normal já que os tempos mudaram, os relacionamentos não são a mesma
coisa, acho normal namoro pelo celular, amizade pelo celular, porque o tempo
passou e mudou, as coisas são modernas hoje em dia”, diz Aparecida.
Em relação a maneira como o
jovem se relaciona, Zelma diz que na sua adolescência namorava em casa com a mãe ou a
irmã do lado. “Minha mãe era rígida, sentava no sofá do meu lado e para sair
era com ela ou com a minha irmã, nem pegar na mão podia, eu comecei a namorar
com 14 anos e me casei com 17, hoje tudo pode, antes tinha confiança, mas hoje
tem casamentos acabando por causa do celular, eu tenho 60 anos e continuo
casada, existem poucos casamentos que duram tanto agora", conclui Zelma.