quinta-feira, 12 de maio de 2016

Crianças não brincam mais

Por Ludmilla Menezes
Imagens: Reprodução/Internet
Edição: Renata Ferreira

Com a chegada das novas tecnologias como a televisão e o rádio houve uma mudança no comportamento das pessoas nos últimos 50 anos, porém, essa mudança pode ser sentida drasticamente a partir do surgimento da internet e a modernização dos aparelhos móveis que ocorre na metade da década de 90, e são as crianças e os adolescentes de hoje reflexo das mudanças no comportamento da sociedade.

Segundo a pedagoga e psicopedagoga Fabiana Francisca dos Santos, gestora do Centro Educacional Alcance, a educação da criança hoje em dia começa aos dois anos de idade, por isso, todas as atividades elaboradas para elas são feitas em formatos de jogos para que elas não dispersem "ensinamos as crianças brincando, tem o dia de vídeo, TV, pula-pula, parquinho".

Ela afirma ainda que as novas tecnologias como como celular, tablete e computador influencia muito no aprendizado e formação da criança. "Eles trazem para brincar, no dia do brinquedo favorito, as vezes parece que eles sabem mais que o próprio professor, já nasceram mexendo e é o tempo todo", ressalta a pedagoga.

Zelma Leal, comerciante, diz que não concorda com essa tecnologia na vida das crianças, e que não acha certo a criança hoje em dia não brincar. “Eu tenho um neto que raramente anda de bicicleta, é o tempo todo no celular vendo vídeos e mexendo na internet, nem filme ele assiste".     

A comerciante relembra o tempo quando criança na fazenda e das brincadeiras que fazia. “A gente brincava de roda fazia casinha debaixo do pé de manga, não tinha brinquedo e se tinha era muito caro, então eu fazia bonecas de pano, a minha primeira boneca comprada eu ganhei com 10 anos, as brincadeiras eram sadias".
 Fabiana diz que nos últimos anos a educação infantil tem ganhado mais importância, onde ao longo do tempo o conceito foi mudado onde a educação infantil se torna o primeiro passo para a educação, sendo a base de tudo.

A interação no mundo virtual é potencializada na adolescência, onde podem estar em vários lugares e conversar com várias pessoas ao mesmo tempo, o mundo virtual não possui barreiras físicas, por isso a ansiedade é uma das marcas dessa geração, os relacionamentos ganharam mais interação e se modificaram, exemplo disso é Aparecida das Graças Menezes, mãe de um adolescente conta que tudo hoje em dia é pelo celular, e que no tempo dela as conversas eram pessoalmente. 

“Mesmo não concordando com essas tecnologias isso se torna normal já que os tempos mudaram, os relacionamentos não são a mesma coisa, acho normal namoro pelo celular, amizade pelo celular, porque o tempo passou e mudou, as coisas são modernas hoje em dia”, diz Aparecida.


Em relação a maneira como o jovem se relaciona, Zelma diz que na sua adolescência namorava em casa com a mãe ou a irmã do lado. “Minha mãe era rígida, sentava no sofá do meu lado e para sair era com ela ou com a minha irmã, nem pegar na mão podia, eu comecei a namorar com 14 anos e me casei com 17, hoje tudo pode, antes tinha confiança, mas hoje tem casamentos acabando por causa do celular, eu tenho 60 anos e continuo casada, existem poucos casamentos que duram tanto agora", conclui Zelma.

COMENTE

 
Designed by Templateism.com