
Enfim chegou o último ano de faculdade. Logo de cara vem a notícia de que o nosso trabalho de conclusão de curso seria muito difícil. A escolha do formato é feita pelos colegas de sala, uns escolheram documentário, outros programa de TV e duas colegas optaram por monografia. Saber o que estava por vir era uma expectativa de todos nós. Enfim começamos os trabalhos: pesquisas bibliográficas, trabalho de campo e entrevistas.
O pré-projeto tem seu primeiro formato (vídeodocumentário sobre moradores de rua, intitulado VIDAS INVISÍVEIS) e ao passar pelas mãos da orientadora sofre com a tinta de uma caneta vermelha e de um pincel amarelo, isto é, foi totalmente dilacerado.
O susto inicial é contido. O que nos parece é que teremos de começar tudo de novo, nada do que foi feito dá pra se aproveitar. Após análise criteriosa dá-se para extrair alguma coisinha.
Vem a primeira banca! 30/03/2011. Dia fatídico que jamais será esquecido. Apresentação em sala de aula com a presença dos colegas e delas, as examinadoras (Camila, Adriana e Márcia) impiedosas e absolutamente questionadoras, discordantes e discrepantes. Ao final da primeira etapa, na avaliação de 0 à 5 nossa média “3”.
Passamos então para a segunda fase. Novas pesquisas bibliográficas, coleta de imagens e entrevistas direcionadas são feitas pelos produtores e todo o grupo de trabalho (colegas). Um novo horizonte começa a se formar, é possível ver uma luz no fim do túnel apesar de muito distante.
Sair a campo foi simplesmente extraordinário, experiência ímpar que podemos descrever com riqueza de detalhes. Presenciar a realidade alheia foi algo impactante em nossas vidas. Contato com pessoas que fazem parte de uma realidade diferente da nossa, choca, incomoda e nos leva a pensar como conduzimos nosso mundinho.
Enfim a conclusão da segunda fase (40% de coleta de imagens). A segunda banca é esperada por poucos já que este momento é simplesmente torturante e sufoca amargamente. Mas, se não há como correr, lá vamos nós. Sorteio? Não sabemos não nos parece tão claro esse momento. Enfim, acontece tudo muito rápido e a decisão da apresentação é lançada na vida de alguns mortais que se sentem no paredão.
Para os próximos meses estaremos concluindo as gravações do documentário. As nossas expectativas são as melhores, mas as dificuldades só crescem, afinal estamos chegando ao fim de um ciclo árduo e tenso. E muita coisa irá rolar pela frente, que só o pai sabe. Não percam, em novembro de 2011, VIDAS INVISÍVEIS.
Por Christiano Reis, Francimar Rodrigues, Romero Rezende, Deco Tozetto e Regina Reis