
Hoje algumas profissões são consideradas como arte. São artesãos do ofício de criar o sapato e o terno. E elas estão se perdendo com o passar do tempo.
Houve uma época em que não existia outra forma de se vestir senão encomendando roupas ao alfaiate. Hoje com a facilidade de se comprar tudo pronto, essa profissão foi uma que perdeu o seu espaço.
O senhor Felix Souza Azevedo, hoje com 78 anos, iniciou o ofício da agulha, do dedal e da tesoura que é uma arte, ainda criança, se profissionalizando em 1960. “Naquela época os homens se vestiam com elegância. Era comum ver na rua Rui Barbosa, eles caminhando de terno completo para irem na sessão do Cine Bagdá”. Ressaltou Felix.
Félix tentou passar a profissão para frente mas ninguém quis aprender. Com o surgimento da tecnologia e da modernidade esse tipo de trabalho pouco interessa aos mais jovens, afinal conseguem tudo pronto e com muita facilidade e rapidez.
Outra profissão que também perdeu o seu espaço foi a de se fazer calçado sob encomenda. O sapateiro é uma das profissões que acompanhou a evolução tecnológica, atualmente deixou de ter a função de fabricar o calçado, exercendo apenas os consertos.
Luizmar Borges Campos, 59 anos, sapateiro há 45, iniciou o exercício desta atividade aos 12 anos observando seu irmão no dia a dia. “O sapateiro é um artista, pode estar acabando esse trabalho mas foi o que aprendi e gosto muito do que faço”. Para Luizmar, o serviço não falta, trabalha o dia inteiro sem parar. O tipo de serviço que mais faz é a troca de taquinho no salto de sapatos femininos.
Por Fábio Trancolin