sexta-feira, 3 de junho de 2011

As deficiências do sistema prisional de Rio Verde

Um levantamento realizado pela Polícia Civil de Rio Verde aponta que o ano de 2011 iniciou com mais casos de homicídios se comparado a janeiro de 2010. Segundo as estatísticas, houve um aumento de cerca de 200% no primeiro mês do ano. Os crimes registrados, em sua maioria, possuem ligação direta com o uso e tráfico de drogas e com o homicídio passional. Rio Verde possui atualmente três unidades prisionais: CIS (Centro de Inserção Social); Casa de Prisão Provisória e Semiaberto e passa por dificuldades administrativas.

De acordo com o advogado criminal e ex diretor do sistema prisional de Rio Verde, Rodrigo Rodrigues, a segurança do presídio de regime fechado é classificada como média. “A Casa de Prisão Provisória tem a finalidade de abrigar os presos civis e aqueles que ainda não foram sentenciados pela justiça. A unidade prisional de Semiaberto comporta pessoas que podem apenas pernoitar e se recolher aos finais de semana e feriados, transitando livremente pela cidade durante o dia”, explica Rodrigo. O advogado avalia que o Estado tem implantado projetos com o objetivo de garantir o funcionamento das polícias Civil e Militar. “No que diz respeito à Polícia Técnico Científica, falta uma infinidade de recursos ou mesmo vontade política. Agora em relação ao sistema prisional, esse, infelizmente, está uma calamidade”, afirma. Ele assinala algumas “deficiências” da segurança pública de Rio Verde, dentre elas está à falta de estrutura humana e de equipamentos.

Mesma opinião compartilha o promotor Paulo Prado, ao afirmar que a estrutura é precária e que “para melhoria da segurança na cidade, quanto mais pessoas qualificadas para trabalhar, melhor”. Segundo Prado, a segurança dentro dos presídios seria mais eficiente com a instalação de câmeras em todos os ambientes. “Assim teríamos provas de tudo o que acontece, e isso traria mais tranquilidade para as pessoas que trabalham nos presídios”, indica. Paulo comenta que, dessa forma, seria possível identificar agentes prisionais que estariam facilitando a entrada de objetos dentro das celas, como facas e celulares.

Por Jeanne Barreto e Dyego Queiroz

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