quarta-feira, 14 de setembro de 2011

No final a gente se entende, é errado?

Seja sincero com você mesmo e não se preocupe com as pessoas ao seu lado, se elas perguntarem o que estiver acontecendo peça-as que lêem esse texto depois que concluir.

Agora em voz alta responda com sim ou não algumas perguntas que farei e, não se esqueça da sinceridade. Você já deixou de fazer algo que deveria ser realizado em um horário ou dia, adiando a atividade? Mesmo vendo, ouvindo e lendo praticamente todos os dias comerciais de TV, rádio e panfletos dizendo para não escovar os dentes no chuveiro porque assim gasta mais água, ainda continua com os hábitos? Já furou uma fila, avançou um sinal fechado ou entregou suas contas para outra pessoa que já estava na fila do banco, adiantando o seu tempo?

Essas parecem serem perguntas bobas, mas agora você saberá no que isso influencia nas más condutas da sociedade e principalmente dos políticos ao qual nos representam. 

Sabemos que todos os homens (quando digo homens me refiro a espécie humanos, englobando ambos os sexos) são semelhantes. As pessoas devem agir como a maioria, pois aqueles que vão contra a forma tradicional, excluímos e os apontamos, não é verdade? Confiamos naqueles em que mais se parecem conosco, as maneiras de agir, se expressar, falar... e isso não é senso comum é comprovado cientificamente. 

Os políticos são da mesma forma. Quando você vai a urna vota em quem se identificou na campanha, não é mesmo? Agora você já parou para pensar que você votou em um candidato que gosta de adiar os afazeres? Já desviou dinheiro que deveria ser gasto de outra forma? Você não faz isso às vezes? Desvia o dinheiro de pagar uma conta e gasta com outra coisa, na maioria das vezes algo fútil? 

Você deve estar imaginando: “são coisas totalmente diferentes”. Sinto em lhe informar, mas não é. A única diferença é a proporção com relação ao meio, por exemplo, se você pega o dinheiro de pagar uma conta e gasta com outra coisa, você desviou o dinheiro de alguém, mas você fez isso para te beneficiar de alguma forma, não é mesmo? Quando um político desvia dinheiro, a quem ele pertence? Ma ele também desviou para o beneficiar, não foi? 

Agora você diz: é mais ele pegou milhões, não quer comparar digamos que R$10 milhões com R$10? Realmente eu estou comparando, mas como eu disse antes é tudo questão de proporção com relação ao meio, ou seja, se para você R$10 de R$100 não vai fazer diferença, mais a frente você tira um pouco de uma conta mais um pouco de outra, e legaliza aquela que foi desfalcada, mas você acabou reduzindo de vários outros. O político está agindo da mesma forma. Hoje ele desvia R$100 milhões de um bilhão, amanhã 200 milhões de 10 bilhões. Se você acha que ninguém vai sentir falta dos 10 que você retirou dos 100 alguém reparará no que falta do direito público?

Você ainda continua inconformado, pois o seu caso é diferente do político, não é mesmo? Então eu farei mais algumas pergunta: o dinheiro que você “desviou” da outra conta prejudicou alguém? Você pode responder que não, mas foi correto a sua ação? Não, pois o dinheiro pertencia a outra pessoa. E você foi punido por esse pequeno desvio de conduta? Não, correto? O que o político fez também é errado, não é verdade? Mas por que ele tem que ser punido se você não foi? Afinal você errou da mesma forma que ele. 

Você ainda continua inconformado e insiste que a situação é diferente. Assim como você praticamente todos também ficaram inconformados. Lamento informar, mas enquanto as pessoas insistirem que existem erros diferentes e que alguns podem ser cometidos, a situação permanecerá como está, ou piorará. Isso só mudará quando as pessoas admitirem os erros e, mais saber que o que é errado é errado, não existe pequeno erro ou erro bom.

Para finalizar, todos nós somos egoístas e não queremos admitir nunca que estamos errados, afinal para quê reconhecermos se podemos apontar o dedo para alguém, certo?!!

Por Taffareu Tarcísio

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