Somos os escolhidos. A geração que tudo quer e nada tem. A vida do século XXI nada tem a ver com os filmes futuristas das décadas de 80 e 90 do século passado (“De Volta para o Futuro”, “Os Jetsons”, “Star Wars”, entre outros). Isso dá uma sensação de que fomos enganados, ludibriados, sacaneados. (Poxa vida, aqui estou e não vejo carros voadores, falta água, falta energia, o mundo em colapso e em completa inversão de valores!)
Neste início de século, a indústria cultural nem precisa alienar, porque já está tudo dominado. Tudo é descartável e nada é reciclado. Os oceanos estão poluídos e com isso fauna e flora estão morrendo. Florestas estão desaparecendo, o clima esquentando. E os homens? Na frenética corrida para o nada com a expectativa de tudo. Aí vem a máxima socrática, só sei que nada sei, para representar como o homem não vem cuidando da mãe Terra, ou seja, ignoram o que é de real importância e se importam com o desnecessário.
A questão a ser respondida não é mais ‘ser ou não ser’, mas sim ‘ter ou não ter’. As pessoas tem a necessidade de ter para ser e isso os frustra. E como se diz por aí, nem Freud explica. E nessa onda de falta de explicação, as máximas ditas por filósofos que sempre foram ouvidas ficam esquecidas como se não fosse possível aprender com o velho.
Segundo Cícero, a filosofia é o melhor remédio para a mente. Aí, se compreende porque a sociedade está tão demente. E tudo acaba aonde nem termina. Ter ou não ter, eis a questão? E qual é o cartão?
Por Kelly Pimenta