Pesquisa aponta que o comércio vai ter quedas nas vendas e não quer investir em contratações para esperar o ano novo
Texto: Wilker Duarte
Esqueça aquele peru para a festa de fim de
ano, o mercado está em crise e isso não é novidade para ninguém. Mas o período
das datas comemorativas que mais movimentam o comércio, pode ter as típicas
contratação de funcionários temporários reduzida. Dados preliminares apontam
que nove em cada dez empresários não vão contratar funcionários para
trabalharem no final do ano.
O Dia das Crianças que é comemorado todos os
anos pelos pequenos e com muitos brinquedos, esse ano se mostrou diferente.
Alguns não puderam esbanjar com muitos brinquedos novos. Dados da Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
constataram que as vendas à prazo caíram 8,95%
na semana do Dia das Crianças. Além disso, a pesquisa revela que o
comércio já vem sentindo essa queda nas vendas desde 2014.
Porque
estamos falando sobre essa queda nas compras do Dia das Crianças?! É que o Dia
das Crianças é o último feriado antes do Natal e Ano Novo, de acordo com as
instituições, o Dia das Crianças é um espelho para as vendas de final do ano.
Afinal vai contratar ou não?
O que esperar para a maior festa de fim de
ano?! Bom, para quem está a procura daquela renda extra com trabalhos
temporários é preciso correr. Uma pesquisa divulgada no início de outubro de
2015, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil), nove em cada dez empresários não vão
contratar funcionários temporários para reforçar o atendimento neste período.
Sabe a justificativa deles? Quase a metade afirmou que a equipe de trabalho
será suficiente, outros 49% alegam que estão satisfeitos com a equipe e que ela
consegue atender o volume de clientes; a “sobra”, de 11%, afirmam estarem
inseguros devido a um histórico de vendas retraídas esse ano, inclusive em
datas comemorativas.
Outro dado apontado pela pesquisa é que
quatro em dez empresários esperam para o fim do ano a pior época para vendas. A
maior parte dos empresários entrevistados na pesquisa está pessimista: para 45%
da amostra, os resultados das vendas em 2015 serão piores que no ano passado; e
outros 28% acreditam em níveis de venda iguais a 2014. Entre as principais
razões para essa baixa expectativa das vendas estão: mudanças na política e no
cenário econômico atual (32%); o desemprego (20%); e a inflação alta e
diminuição no poder de compra das famílias (16%).
Para se ter uma ideia do
pessimismo econômico, o comércio estima que serão criadas apenas 24.427 vagas
temporárias no final de 2015, quanto que em 2014 foram mais de 130 mil vagas.