quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Área Verde: Problema ou solução?

Encontrar estacionamento nas ruas de Rio Verde não é tarefa fácil, principalmente na região central da cidade. Por isso a Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito de Rio Verde (AMT), implantou o Sistema de Estacionamento Rotativo, mais conhecido como Área Verde. Este sistema tem como objetivo democratizar o uso das vagas, disciplinar o fluxo de tráfego e diminuir a incidência de veículos estacionados de forma irregular.
 
O cabo Moraes, presidente da AMT diz que o sistema rotativo de estacionamento é uma necessidade para organizar e distribuir melhor as vagas: “O objetivo é que as vagas sejam realmente rotativas, de maneira a democratizar o acesso ao estacionamento. Serão muitos benefícios principalmente para o comércio local, que vai ter mais lucratividade. E também para os usuários, que vão saber, por meio de uma tecnologia avançada, onde vão poder estacionar, e assim não vão perder tempo. É um grande avanço para Rio Verde”, afirma.
Muitos moradores de Rio Verde demonstram insatisfação com as novas mudanças: “Já não basta a quantidade de impostos que pagamos, o preço da gasolina que está um absurdo e ainda temos que pagar para estacionar na rua, não dá assim”, desabafa a dona de casa Irene Andrade que sempre usa o estacionamento para pagar contas no banco e ir ao médico.
A multa, para quem não cumprir as regras é de R$ 53,24 e três pontos na carteira e pode ser aplicada pela autoridade de trânsito se o veículo permanecer por mais de duas horas estacionado na mesma vaga ou por mais de cinco minutos sem possuir crédito. A multa também será efetuada para o carro que estiver em vaga de idoso e deficiente, em vaga de moto ou o contrário e fora dos limites da sinalização horizontal.
Os comerciantes não concordam que a implantação da área verde trará benefícios, muito menos, lucratividade: “Não acredito que isso trará mais lucro para mim e nem para outros comerciantes, pois as pessoas que vinham para fazer um lanche rápido, agora não querem pagar estacionamento e, com isso, preferem não lanchar”, afirma José Pereira, proprietário de uma lanchonete na Avenida Presidente Vargas.
A mudança afetou também as pessoas que trabalham na região e precisam estacionar todos os dias: “Agora meu salário vai ficar praticamente todo em estacionamento ou vou ter que vir para o trabalho de carona, porque está muito difícil ter que pagar todos os dias o estacionamento e pior ainda, ter que ficar saindo do meu trabalho de duas em duas horas pra mudar meu carro de lugar”, reclama o vendedor Alexandre Alves.
            A tarifa cobrada é de R$1,60 por hora, o que significa que alguém que trabalhe oito horas por dia, durante cinco dias na semana, gastaria com o estacionamento por mês R$ 256,00 e isto para quem ganha um salário mínimo representa 32% do seu pagamento. Sem falar que a Tag comprada não tem custo, mas para adquirí-la é preciso carregar R$40. O desconto dos créditos para quem tem a “Tag” é feito em uma hora após os 5 minutos de tolerância e depois em frações de 15 em 15 minutos.
           
Por Larissa Cardoso

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