Encontrar
estacionamento nas ruas de Rio Verde não é tarefa fácil, principalmente na
região central da cidade. Por isso a Agência Municipal de Mobilidade e Trânsito
de Rio Verde (AMT), implantou o Sistema de Estacionamento Rotativo, mais
conhecido como Área Verde. Este sistema tem como objetivo democratizar o uso
das vagas, disciplinar o fluxo de tráfego e diminuir a incidência de veículos
estacionados de forma irregular.
O
cabo Moraes, presidente da AMT diz que o sistema rotativo de estacionamento é
uma necessidade para organizar e distribuir melhor as vagas: “O objetivo é que
as vagas sejam realmente rotativas, de maneira a democratizar o acesso ao
estacionamento. Serão muitos benefícios principalmente para o comércio local,
que vai ter mais lucratividade. E também para os usuários, que vão saber, por
meio de uma tecnologia avançada, onde vão poder estacionar, e assim não vão
perder tempo. É um grande avanço para Rio Verde”, afirma.
Muitos
moradores de Rio Verde demonstram insatisfação com as novas mudanças: “Já não
basta a quantidade de impostos que pagamos, o preço da gasolina que está um
absurdo e ainda temos que pagar para estacionar na rua, não dá assim”, desabafa
a dona de casa Irene Andrade que sempre usa o estacionamento para pagar contas
no banco e ir ao médico.
A
multa, para quem não cumprir as regras é de R$ 53,24 e
três pontos na carteira e pode ser aplicada pela autoridade de trânsito se o
veículo permanecer por mais de duas horas estacionado na mesma vaga ou por mais
de cinco minutos sem possuir crédito. A multa também será efetuada para o carro
que estiver em vaga de idoso e deficiente, em vaga de moto ou o contrário e
fora dos limites da sinalização horizontal.
Os
comerciantes não concordam que a implantação da área verde trará benefícios,
muito menos, lucratividade: “Não acredito que isso trará mais lucro para mim e
nem para outros comerciantes, pois as pessoas que vinham para fazer um lanche
rápido, agora não querem pagar estacionamento e, com isso, preferem não lanchar”,
afirma José Pereira, proprietário de uma lanchonete na Avenida Presidente
Vargas.
A
mudança afetou também as pessoas que trabalham na região e precisam estacionar
todos os dias: “Agora meu salário vai ficar praticamente todo em estacionamento
ou vou ter que vir para o trabalho de carona, porque está muito difícil ter que
pagar todos os dias o estacionamento e pior ainda, ter que ficar saindo do meu
trabalho de duas em duas horas pra mudar meu carro de lugar”, reclama o
vendedor Alexandre Alves.
A tarifa cobrada é de R$1,60 por
hora, o que significa que alguém que trabalhe oito horas por dia, durante cinco
dias na semana, gastaria com o estacionamento por mês R$ 256,00 e isto para
quem ganha um salário mínimo representa 32% do seu pagamento. Sem falar que a
Tag comprada não tem custo, mas para adquirí-la é preciso carregar R$40. O
desconto dos créditos para quem tem a “Tag” é feito em uma hora após os 5
minutos de tolerância e depois em frações de 15 em 15 minutos.
Por
Larissa Cardoso