Chegado o momento de escolher
qual religião seguir, o jovem se pergunta: em qual devo ir? Qual será menos
exigente ou “chata”? será que meus pais aprovam? Dentre esses questionamentos,
o que mais poderia resumir tudo é: Sou obrigado(a) a ter uma religião?
Diante dos acontecimentos
históricos da nossa sociedade, vimos que há uma “necessidade” do indivíduo em
acreditar em algo, em seguir, e vindo de geração em geração isso também chegou
aos jovens de hoje. A maioria de nós batizamos quando ainda pequenos, sem
entender de nada, ou somos levados a algum lugar sem nem conhecer, e assim
começa a escolha, aceitação daquele ambiente com o ser jovem.
O site Observatório Jovem (2007),
trouxe uma discussão acerca do jovem com a religião onde as pessoas deixam
determinadas religiões por não acreditarem que tudo o que está sendo dito irá
acontecer ou porque os seus anseios não foram atendidos. Sabemos que o jovem a
tudo quer saber e questionar, e quando os seus questionamentos não são
respondidos de maneira clara, partem já para outra, pode ser que isso seja um
começo de explicação para as dúvidas deles no momento de começar a seguir uma
religião.
Selma Alves, professora e mãe de dois jovens, Ingridy Alves(16) e Paulo Otávio(18) diz que desde quando criança, através de seus pais, já tinha uma religião e participava de tudo o que podia, e que também passou isso para seus filhos. “Logo que tive meus filhos, refleti sobre como iriam crescer com o fervor da vida religiosa, então desde bem pequenos passei a levá-los a igreja, colocar sentados no banco e ensiná-los a terem paciência durante a celebração.”
A
professora ainda revela que assim que os filhos nasceram foram para a igreja da
escolha dela e até hoje seguem e participam com toda a família sempre quando
pode. “Meu filho é mais resistente à espiritualidade, mas é bem consciente da
necessidade da humildade, de ser gente de bem, de ser cidadão honesto,
trabalhador, ciente que precisa arcar com a responsabilidade da idade da maioridade,
já minha filha, reza com fervor, ajoelha e se põe humilde com mais facilidade,
gosta de estar presente nos movimentos religiosos, se envolve com dedicação e
se dispõe caso precisem de seus préstimos,” diz Selma Alves.
Já
os filhos de Selma questionam essa questão da pressão e até mesmo dos outros
jovens se interessar ou não por algo. Ingridy Alves, 16, até comenta que teve
sorte em se identificar e gostar da religião em que foi introduzida desde
quando criança. “Acredito que essa é uma questão complexa e que os pais
precisam sim influenciar para que os filhos se aproximem de Deus, os pais devem
guiar e não forçar, afinal não adianta, jovem quanto mais pressionar, mais
rebeldes.”
Paulo
Otávio, 18, também concorda de que o jovem deve seguir uma religião não por
pressão ou algo de terceiro mas sim por sentir a força ou por uma necessidade
de religiosidade da vida, é necessário que a família ensine a religiosidade e
não force o jovem a ser. Para ele, o jovem não ser religioso não precisa
necessariamente seguir algumas comunidades que existem. “A religiosidade está
em si próprio, nas igrejas e em todos os lugares que se possa estar, e não
somente em alguma comunidade específica,” revela o jovem.
Por: Renata Ferreira
Foto: internet
Foto: internet