terça-feira, 21 de junho de 2016

Teenation Extra: Jovem e religião: um tabu a ser quebrado?


Chegado o momento de escolher qual religião seguir, o jovem se pergunta: em qual devo ir? Qual será menos exigente ou “chata”? será que meus pais aprovam? Dentre esses questionamentos, o que mais poderia resumir tudo é: Sou obrigado(a) a ter uma religião?
Diante dos acontecimentos históricos da nossa sociedade, vimos que há uma “necessidade” do indivíduo em acreditar em algo, em seguir, e vindo de geração em geração isso também chegou aos jovens de hoje. A maioria de nós batizamos quando ainda pequenos, sem entender de nada, ou somos levados a algum lugar sem nem conhecer, e assim começa a escolha, aceitação daquele ambiente com o ser jovem.

O site Observatório Jovem (2007), trouxe uma discussão acerca do jovem com a religião onde as pessoas deixam determinadas religiões por não acreditarem que tudo o que está sendo dito irá acontecer ou porque os seus anseios não foram atendidos. Sabemos que o jovem a tudo quer saber e questionar, e quando os seus questionamentos não são respondidos de maneira clara, partem já para outra, pode ser que isso seja um começo de explicação para as dúvidas deles no momento de começar a seguir uma religião.

Selma Alves, professora e mãe de dois jovens, Ingridy Alves(16) e Paulo Otávio(18) diz que desde quando criança, através de seus pais, já tinha uma religião e participava de tudo o que podia, e que também passou isso para seus filhos. “Logo que tive meus filhos, refleti sobre como iriam crescer com o fervor da vida religiosa, então desde bem pequenos passei a levá-los a igreja, colocar sentados no banco e ensiná-los a terem paciência durante a celebração.”

A professora ainda revela que assim que os filhos nasceram foram para a igreja da escolha dela e até hoje seguem e participam com toda a família sempre quando pode. “Meu filho é mais resistente à espiritualidade, mas é bem consciente da necessidade da humildade, de ser gente de bem, de ser cidadão honesto, trabalhador, ciente que precisa arcar com a responsabilidade da idade da maioridade, já minha filha, reza com fervor, ajoelha e se põe humilde com mais facilidade, gosta de estar presente nos movimentos religiosos, se envolve com dedicação e se dispõe caso precisem de seus préstimos,” diz Selma Alves.

Já os filhos de Selma questionam essa questão da pressão e até mesmo dos outros jovens se interessar ou não por algo. Ingridy Alves, 16, até comenta que teve sorte em se identificar e gostar da religião em que foi introduzida desde quando criança. “Acredito que essa é uma questão complexa e que os pais precisam sim influenciar para que os filhos se aproximem de Deus, os pais devem guiar e não forçar, afinal não adianta, jovem quanto mais pressionar, mais rebeldes.”


Paulo Otávio, 18, também concorda de que o jovem deve seguir uma religião não por pressão ou algo de terceiro mas sim por sentir a força ou por uma necessidade de religiosidade da vida, é necessário que a família ensine a religiosidade e não force o jovem a ser. Para ele, o jovem não ser religioso não precisa necessariamente seguir algumas comunidades que existem. “A religiosidade está em si próprio, nas igrejas e em todos os lugares que se possa estar, e não somente em alguma comunidade específica,” revela o jovem.


Por: Renata Ferreira
Foto: internet

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