sexta-feira, 4 de abril de 2014

CONSUMISMO: O OUTRO LADO DA MOEDA


Por: Amanda Patriota e Jéssica Mendes

   “Eu gosto de fazer compras. Há alguma coisa tão errada nisso? As lojas estão lá para serem aproveitadas. A experiência é agradável. Bem, mais do que agradável. É linda! O brilho da seda ostentada num manequim. O cheiro do couro de uns sapatos italianos novos. A emoção que se sente quando se passa o cartão… Então é aprovado. E é tudo nosso! A alegria que se sente quando se compra alguma coisa, e é só você e as compras. Basta entregar um cartãozinho. Não é a melhor sensação do mundo? (…) Nós nos sentimos tão confiantes, e vivos, e felizes, e confortáveis.” (Rebecca Bloomwood, Delírios de Consumo de Becky Bloom)

Quem nunca comprou algo por impulso e depois percebeu que não precisava daquilo?
Vivemos em uma sociedade consumista onde tudo e todos à nossa volta nos induzem a comprar. Nunca estamos satisfeitos com o que temos e os meios midiáticos nos influenciam ainda mais, fazendo com que, diariamente, criemos pseudonecessidades.
Chegando muitas vezes a ser considerado doença, o consumismo exagerado leva as pessoas a gastarem mais do que ganham e muitas vezes elas falham na tentativa de preencher um vazio existente fazendo compras.

Entretanto, sempre existe o outro lado da moeda: há também o consumismo positivo que pode agregar algum valor ou contribuir para o desenvolvimento pessoal e coletivo. Daniele Nogueira Alves, 19, estudante de fisioterapia e moradora da cidade de Quirinópolis é uma consumista compulsiva e o principal objeto de seu consumo são livros. Ela sempre teve interesse pela leitura, mas começou a ler frequentemente a partir do Ensino Médio, desde então já conta com mais de 90 livros: “Leio variedades, porém, curto bastante romance, levo em média cinco dias para ler um livro e se tiver muitas páginas geralmente são dez dias”, afirma Daniele.

Trabalhando como atendente de caixa de supermercado, ela diz que sempre que encontra livros interessantes no supermercado ou em livrarias, sente necessidade de comprá-los. Em média compra cinco por mês, comprometendo cerca de R$150,00 do seu salário mensal em livros. Também afirma já ter deixado de comprar algo que realmente necessitava para compra-los.

Assim que uma nova livraria chegou à cidade em que ela estuda, Daniele não hesitou em adquirir mais livros para a sua coleção. Ela descreve a sensação de entrar em uma livraria, como: “Perfeito, considero um verdadeiro paraíso todos aqueles livros, aquele cheiro de páginas novas, com certeza ficaria lá por horas”. O hábito da leitura torna uma pessoa mais crítica, promove o desenvolvimento do vocabulário, além de contribuir na formação de opinião. Além de adquirir conhecimento, Daniele também diz já ter incentivado alguns amigos a aderirem à prática da leitura.

Mesmo com características positivas, qualquer consumo deve ser equilibrado, já que a partir do momento que a necessidade comprar algo se torna obsessão, o consumismo volta a ser negativo, ou seja, prejudicial.

Daniele na Biblioteca da Faculdade Objetivo

Daniele Alves a procura de opções de leitura

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