quinta-feira, 3 de abril de 2014

Homem e cão: amizade que vale a pena



Por Andriéli Santos

Diz o ditado que, “o cão é o melhor amigo do homem”. Mas por que, então, existem tantos abandonados nas ruas? Na maioria das vezes, a falta de condições para se criar um animal é o que leva as pessoas a se desfazerem de seus amigos. Um simples descuido também pode levar à separação. Cãezinhos são perdidos diariamente e o que resta, segundo os donos, é apenas saudade.


A pequena pinscher, que atende por nome de Nininha, já está na família de Andressa Lourenço há três anos. Encontrada na rua e com sinais de maus tratos, a cadelinha foi adotada e recebe hoje muito cuidado e amor de toda família. A estudante conta como foi o dia em que sua amiga e fiel companheira encontrou o portão aberto e se perdeu: “Por um minuto senti meu mundo desabar, pensei que nunca mais fosse vê-la outra vez, mas com a ajuda de vizinhos procuramos por todas as ruas e à encontramos”. Aliviada ela se emociona ao dizer: “Não me vejo sem ela hoje e espero que ela possa me acompanhar por mais longos anos”.


O empresário Wayner Ávila também tem uma relação de amor e companheirismo com sua Pit-Bul Tina. Criada com todo cuidado e dedicação, o animal já o acompanha há 11 anos e é totalmente tranquila, amigável e dócil. A cadela se dá muito bem com a filha do empresário que tem a mesma idade dela. Para Wayner Àvila , a cadela é mais que uma amiga: “Dói só de pensar que ela já esta bem velhinha e que logo irá me deixar; ela é mais que uma amiga, é um membro da família”.


Segundo Giuliano Carlos Fachini, médico veterinário do Centro de Zoonoses de Rio Verde, em média 20 animais são recolhidos das ruas por dia na cidade. Depois de levados para o centro, apenas 30% são resgatados pelos donos. Para retirá-los de lá é preciso pagar uma taxa de 10 reais e no ato da retirada. E o novo dono do cãozinho é orientado sobre multa em caso de o animal ser abandonado outra vez.


Giuliano Carlos Fachini alerta que pela lei federal 9.605/98, abandono de animais é crime. O Centro de Zoonoses de Rio Verde conta com apenas seis canis e uma carrocinha que percorre as ruas três vezes por semana (segunda, terça e quarta feira). Ele conta que o local está sempre cheio e que, às vezes, o trabalho tem que ser interrompido por falta de espaço.



Wayner e Tina Brincado na rua

Cãozinho abandonado nas ruas de Rio Verde

COMENTE

 
Designed by Templateism.com